quinta-feira, 30 de maio de 2013

Os Nelsons: música de Paulo Afonso e do mundo

Em conexão, as batidas da Bahia, as tradições do sertão, o global ghettotech – um tipo de música eletrônica dançante que combina hip hop, eletro, tecno, drum and bass – e estudo dos dubs jamaicanos para criação de texturas musicais autênticas. Assim, a banda Os Nelsons, de Paulo Afonso, tem despontado como uma das grandes novidades do cenário musical baiano, fazendo música eletrônica popular brasileira. Nos vocais, está Raoni Torres – ou Raoni Kanalha, como é conhecido; na guitarra, Ericson Feitosa; no baixo, Vandeilson Feitosa; e Rafa Dias é o DJ. “Fazemos o som sistema, que agrega valores da música pop eletrônica à música periférica brasileira e a gêneros como arrocha, carimbó e pagode”, resume Raoni, que esteve presente no encontro do FUNCEB ITINERANTE na cidade.

Raoni Kanalha, vocalista d'Os Nelsons, esteve presente no FUNCEB ITINERANTE
[Foto por Alex Oliveira]

Não à toa, o grupo foi integrado ao programa Bahia Music Export, uma parceria da Assessoria de Relações Internacionais da SecultBA com a FUNCEB, que apoia a promoção internacional da música da Bahia. Eles foram selecionados para o terceiro volume das coletâneas lançadas pelo projeto em 2010, 2011 e 2012. O CD Bahia Music Export – Volume 3 reúne 17 faixas, cada uma delas de um artista/grupo baiano, e teve curadoria da inglesa Jody Gillett, jornalista, crítica de música, representante da Brasil, Música & Artes (BM&A) no Reino Unido e especialista em promoção da música brasileira no mercado europeu. Dentre os indicados pela profissional, Os Nelsons estão ao lado de OQuadro, Lucas Santtana, Retrofoguetes, Luiz Brasil, Dão, BembaTrio, Soraia Drummond, Braunation, Luiz Natureza, Bule-Bule, Nana, Quixabeira de Lagoa da Camisa, Tiganá, Lourimbau, Samba Chula de São Braz e BaianaSystem. O álbum foi distribuído, por exemplo, na 18ª edição da WOMEX – World Music Expo, uma das mais relevantes feiras de negócios e oportunidades do mercado da música internacional, realizada em 2012 na cidade de Thessaloniki, na Grécia.

Como desdobramento disso, Os Nelsons participaram, em maio deste ano, do Bass Culture Clash: Bahia X Londres, uma parceria entre a agência British Underground e a FUNCEB/SecultBA que promoveu um intercâmbio entre artistas baianos e do Reino Unido. O grupo pauloafonsense viajou a Salvador, Ilhéus e Londres para mostrar a sua arte: “Foi show de bola. Foi um pouco assustador no começo, por conta da dificuldade da língua, mas a música é a linguagem universal”, lembra Raoni.

Ainda tem mais para logo: a banda vai ser uma das atrações do MAM-BAHIA: Outras Sonoridades, evento musical que faz parte do Cultura em Campo, programação especial que a SecultBA vai promover durante o período da Copa das Confederações. A música que representa a Bahia contemporânea para o mundo será reunida em três domingos no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), em shows gratuitos. No dia 23 de junho, Os Nelsons vão tocar ao lado de OQuadro, diretamente de Ilhéus, e da soteropolitana BaianaSystem.

Conheça mais de Os Nelsons: www.osnelsons.com.br

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