"Se eu nascesse de novo, outra vez escolheria ser brasileira, da Bahia, morar em Jacobina. Eu amo o Brasil. E amo a liberdade", diz a poetisa Minita. [Foto por Alex Oliveira] |
A poetisa é autora de três livros – O Pássaro e a Flor, Nas Asas da Borboleta e Retalhos de Poesia –, e um quarto ainda em fase de produção, intitulado Na Palma da Mão. Sua poesia versa sobre “crianças pobres, índios sofridos e maltratados, ou seja, o oprimido”, segundo a própria autora. “Vou às escolas pedir para os alunos libertarem os pássaros das gaiolas”, conta a voluntária, que coordena um time juvenil de futebol e desenvolve um projeto que resgata brincadeiras como o jogo do pião, a amarelinha, a carniça e as cantigas de roda, em plena “era do celular e do computador”.
Sua escrita fala também de vários tipos de amor, do fraternal ao romântico. “Amei 500 mil vezes. Enquanto há vida, amamos”, revela a mãe de três filhos e já bisavó. Com graça, ela lembra da inocência nos tempos de juventude: “Quando eu fiquei grávida pela primeira vez, pensava que a gente vomitava a criança. Na hora do parto, quando o médico me disse por onde saía, eu quase desmaiei”.
Politicamente crítica, Minita avalia as transformações a que assistiu ao longo da vida: “Hoje nós temos liberdade para falar. Temos a Lei Maria da Penha e uma presidenta que faz questão de ser chamada assim. Dilma nos deu a liberdade de sermos mulheres”, afirma, orgulhosa.
Amorosa, Minita é toda elogios à equipe da FUNCEB. Sabe ler olhares e estados de espírito. Perguntada se a inspiração dos seus poemas amorosos vem da sua própria experiência, ela é categórica: “Nem o poeta nem o compositor precisam disso; eles recebem a inspiração e transmitem para servir ao meu e ao seu coração”.
Já ao fim da conversa, recomenda mais uma vez as orações a São Miguel Arcanjo: “Ele foi escolhido e confiado por Deus. Foi fiel. Eu também sempre fui fiel aos amores e aos amigos. Fidelidade é amor”, conclui.